EDITAL PROAC 51/2020 – PRÊMIO POR HISTÓRICO DE REALIZAÇÃO EM ARTES VISUAIS

[RE]MIGRAR

[F.: do lat. remigrare] Ato de retornar ao local de origem, ou seja, de voltar ao lugar de onde emigrou. Também é conhecido como Migração de Retorno. Voltar (alguém) ao lugar de onde emigrou; repatriar-se.

[RESUMO]

Por meio de registros fotográficos, audiovisuais, iconográficos, sonoros e testemunhos de pessoas o projeto se constitui como um laboratório de investigação itinerante, percorrendo espaços, explorando e estabelecendo uma conexão objetiva entre o passado e o presente.

[RE]MIGRAR é uma investigação de identidade sem identitarismos, sobre as pessoas moradores do estado de São Paulo, uma troca de pensamento entre o artista e esses habitantes, criando relações, vivendo o cotidiano da população, conectando sensibilidades, contribuindo para a experiência de coletividade e pertencimento, onde o processo é a própria obra, criando uma ponte, um diálogo através do testemunho de pessoas encontradas, gravadas em vídeo em testemunhos recria um diário de vozes e narrativas histórias subjetivas, história oficial e memória pessoal iremos problematizar o presente olhando para o passado, a incursão do imigrante no contexto de São Paulo.

[APRESENTAÇÃO DO PROJETO]

Em REMIGRAR o artista refaz com uma câmera na mão, o caminho de seus ancestrais, imigrantes provindos da Europa para trabalhar nas lavouras de café no interior do Estado de São Paulo nas fazendas de café onde seus antepassados transitaram para mais tarde se fixarem na cidade de São Paulo entre 1897 e 1924. O percurso geográfico sai de Santos e se adentra em quatro cidades no interior do Estado de São Paulo recriando um segundo percurso, um remigrar no tempo presente.

As fotos de lugares assim como de pessoas encontradas, gravadas em foto e vídeo em testemunhos sobre a histórias pessoais, e a relação com a história oficial. Problematizar o hoje olhando para o passado, a incursão do imigrante europeu num contexto já pré-estabelecido de casa grande e senzala, num país que há 120 anos atrás contava com uma maioria de índios, afrodescendentes e uma minoria de proprietários portugueses. Os processos migratórios que também compõe o substrato histórico do Brasil que acabam por gerar todo um pensamento ligado as classes médias, o discurso do homem cordial, a troca da escravidão pela servidão remunerada, o seu pensamento, o discurso da eugenia, a falta de informação e outros aspectos onde queremos tentar entender como esse pensamento colonial ainda afeta o pensamento do homem médio brasileiro de hoje. Como as consequências deste encontro/desencontro de civilizações, gerou a sociedade que nós vivemos hoje.

REMIGRAR explorando e estabelecendo uma conexão íntima, mas ao mesmo tempo objetiva, dando vida às cidades, criando relações, conectando sensibilidades, contribuindo para a experiência de coletividade e pertencimento, onde o processo é a própria obra e fazendo com que o artista seja envolvido com o cotidiano da população, fortalecendo assim o capital cultural simbólico do Estado de São Paulo. Capturar imagens deste rastro de um passado no decorrer desta viagem, e do momento presente recria um diário de vozes e narrativas histórias subjetivas, história oficial e memória pessoal e também é composto por imagens contemporâneas ou imagens de arquivo, fotos de família, pode gerar audiovisuais, fotografia, performance, documentos e novas narrativas online serão os produtos desse processo, todas essas linguagens são potentes dispositivos de sociabilidade, de encontro, de troca, de aprendizado, de reinvenção da percepção de mundo e de criação de modos de vida, onde esse passado que está construindo o presente e condicionando nosso futuro.

REMIGRAR é um trabalho de identidade, um ulterior desdobramento do processo BELOVED ONES. O primeiro capítulo, BELOVED ONES #01, realizado em 2013 e refaz o caminho contrário de seus antepassados, avós e bisavós maternos (Brosch) partindo da cidade de sua avó materna que se chama Čunovo, hoje Eslováquia (Ex-Sandorf / Dunacsún, ex-Império Austro Húngaro) na fronteira tríplice Áustria, Hungria e Eslováquia. O trabalho in loco foi exibido na HIT GALLERY da Bratislava, teve o patrocínio do Ministério da Cultura Eslovaco e foi a cura da curadora eslovaca Lýdia Pribišová.

O segundo capítulo, BELOVED ONES #02 e #03 foi realizado no Veneto entre 2015 e 2018 relativo a seus avós e bisavós paternos (Meneghetti) que partiram da região do Veneto na Itália. Os primeiros de Quarto D’Altino, uma localidade paleo-veneta com mais de 6000 anos de assentamento que depois se transformou na cidade romana de Altinum. Os segundos (Cavicchioli) partiram de um pequeno lugarejo, hoje semiabandonado chamado San Pietro in Valle entre Mantova e Verona, também na fronteira entre as regiões Veneto e Lombardia. Por fim o quarto e último capítulo, BELOVED ONES #04 diz respeito a seus avós e bisavós maternos (Toscano) que partiram de Casalbordino, na região do Abruzzo na Itália central.

O projeto REMIGRAR foi vencedor do Prêmio Por Histórico De Realização Em Artes Visuais no Edital Proac Expresso Lei Aldir Blanc N° 51/2020 e realizado durante o ano de 2021 e ainda em processo contínuo e exibições presenciais em Museus e Galeria s pelo mundo.

 

[PARTICIPARAM AO PROJETO REMIGRAR]

CARLA MENEGHETTI / ARTISTA CONVIDADA
CHRISTINA ELIAS / ARTISTA CONVIDADA
ALICE ELIZABETH MENEGHETTI DE ALMEIDA
CREUSA MENEGHETTI ALESSANDRINI
CLOVIS MENEGHETTI MARIO CAVICCHIOLI
CHIARA ELIAS MENEGHETTI

#01 BELOVED ONES #01 > BRATISLAVA

BELOVED ONES #01

[TEXTO CURATORIAL BELOVED ONES #01LÝDIA PRIBIŠOVÁ

HIT GALLERY

Bratislava, Eslováquia

www.galeriahit.com

 

BELOVED ONES é um projeto do artista paulistano César Meneghetti que é centrado em memória, migração e raízes. Conecta passado e presente e tudo que deriva da experiência da migração. O artista explora as cidades natal de seus ancestrais e, por meio de seu trabalho, cria uma ligação íntima entre sua própria experiência subjetiva e a percepção do outro. O primeiro deles é a aldeia de Čunovo (Ex-império Austro-húngaro, hoje parte da Bratislava), onde nasceu sua avó. Trata-se do primeiro passo de uma pesquisa de longo prazo que envolverá as quatro cidades de seus ancestrais. O artista interage com as pessoas e com o lugar em uma investigação muito pessoal e autoral. Ele recolhe testemunhos, imagens, materiais, mapas, fotos, documentos dos membros da sua família e as pessoas ligadas ao lugar. Ele estabelece um paralelo pessoal entre a história oficial e algumas memórias subjetivas e como eles afetam a vida das pessoas e cria novas narrativas e conjecturas.

Neste projeto, César Meneghetti irá trabalhar com as quatro cidades de seus ancestrais: Čunovo, (Ex-Sandorf / Du-nacsún, ex-Áustria-Hungria, hoje Eslováquia fronteira entre Áustria e Hungria), local de nascimento dos antepassados Brosch / Bogovich, Quarto d’Altino (Veneza, Itália) , local de nascimento dos antepassados Meneghetti, San Pietro in Valle (Gazzo Veronese, na Itália fronteira entre o Veneto e Lombardia), local de nascimento dos antepassados Cavicchioli e Casal Bordino (Abruzzo, Itália), local de nascimento dos antepassados Toscano.

Na exposição da Bratislava, César Meneghetti apresentará diversos trabalhos: Stories that only exist when remembered (vídeo, color, 20’, 1987-2013) extrato de um vídeo-depoimento gravado nos anos 80 de sua avó e suas irmãs sobre a experiência da imigração em 1924 de Apetlon para São Paulo, Diário de um adeus (vídeo, color, 5’09”, 2011-2013), um vídeo com os últimos momentos de vida de sua avó, e novas obras realizadas na Eslováquia there is a future in our past (video projection, color, 4’15”, 2013), uncertain sensitivity (stop motion, 2’, color, 2013), e a série memo files  (50 prints onto paper, 2013) com vários documentos, mapas, fotografias e notas. A exposição funciona como uma espécie de declaração de amor e tributo a todas as pessoas que o artista nunca conheceu, ancestrais que o precederam, que de alguma forma são parte dele, mas também a todas as pessoas que tiveram a experiências de “partir”. Para o artista, a viagem em si funciona como uma metáfora da vida e também como uma oportunidade de conectar os dois hemisférios, o do mundo onde se está morando e o outro, de onde se provém. Meneghetti cria uma ênfase dupla na realidade, a real e a ideal, a partir de restos, relatos e memórias de sua avó. A mostra é o resultado da colisão dessas duas realidades, uma reconstrução da vida de sua família pela observação de pistas e sombras.

O trabalho de César Meneghetti é, desde o final dos anos 90, caracterizado por um profundo interesse em questões sociais e um constante indagar sobre as formas de linguagem. Seus trabalhos anteriores foram baseadas em “mapeamento artístico dos lugares” e as pessoas. Ele observa correspondências e cria uma conexão de tempo e espaço e se foca sobre em um primeiro momento na ideia de identidade e memória, para depois, começar a ser focada também em diferentes tipos alteridade. Ele observou vários grupos, motoboys de São Paulo, italianos durante rituais religiosos, um grupo de jogadores de futebol Latino-americanos na Itália, de camponeses africanos que lutam contra o avanço do Saara. Em 2007, com K_lab – interacting on the reality interface (Mixed Media, Níger, 2007-2008) iniciou uma nova fase na sua carreira na qual realoca a sua experiência nas artes visuais, cinema e mixed media na área de arte relacional. Sucessivamente desenvolveu o projeto this orient (Mixed Media, Vietnam HK, 2006-2011) e I\O _EU É UM OUTRO (Mixed media/relacional, Itália, 2010-2013) com 200 deficientes psíquicos e físicos dos Art Labs da Comunidade de Santo Egídio, Roma e com este projeto convidado a participar do Pavilhão do Quênia na 55a Bienal de Veneza.

#02 BELOVED ONES #02 > VENETO > QUARTO D'ALTINO

BELOVED ONES #02 VENETO I ALTINUM

[TEXTO CURATORIAL BELOVED ONES #02] CARLO SALA

Após a presença do projeto especial I\O IO È AN ALTRO na “55. Exposição Internacional de Arte. La Biennale di Venezia”, ​​a mostra individual no MAXXI em Roma em 2015-2016 e O PERCURSO AUSENTE no MUBA (Museu de Belas Artes) em San Paolo, César Meneghetti apresenta seu projeto inédito BELOVED ONES # 02 – Veneto na CreArte Gallery em Oderzo (TV) com curadoria de Carlo Sala, dedicado à terra de onde seus ancestrais paternos partiram há cem anos para emigrar no Brasil.

O título da exposição, que pode ser traduzido como meus estimados, entes queridos ou até mesmo meus amados, é uma espécie de declaração de amor e homenagem aos ancestrais que o artista nunca conheceu, mas que de alguma forma contribuíram para sua existência e para sua peregrinação o mundo com a câmera na mão em busca de sua identidade e memória.

A exposição reunirá um conjunto de obras que inclui vídeos, fotografias, objetos e instalações que são a continuação de um projeto de pesquisa que durou cinco anos e tocou os países (Itália, Eslováquia, Áustria, Hungria) atravessados ​​pela família de Meneghetti na viagem pela Europa que os trouxe para a América do Sul; obras que tratam dos conceitos de pertencimento e pátria e ao mesmo tempo os negam em favor do de humanidade. As migrações são um fenômeno que desde os primórdios da história marca o destino do homem em busca de melhores condições de vida, razão pela qual no projeto os acontecimentos específicos da família do artista se entrelaçam e se refletem com os de outras pessoas que viveram. experiências, colocando suas vidas em jogo. A investigação do autor cria, assim, uma relação dialógica entre passado e presente, bem resumida em sua pergunta aberta: “Poderíamos falar de um banco de dados coletivo da influência histórica dos esquemas passados ​​no presente?”.

O reconhecimento do artista no Vêneto (que presta especial atenção à cidade de Quarto d’Altino, na província de Veneza, onde viveram seus antepassados) é possível graças à residência que Meneghetti construirá em maio no CreArte Gallery. Durante esse tempo, o autor brasileiro irá refazer os locais de origem de sua família, criando um projeto processual, relacional e conceitual, onde o processo de criação é a própria obra. O material adquirido durante a residência criará assim um diário imaginário, composto por imagens reais e de arquivo, fotos de família, histórias reais ou presumidas. Os temas centrais do projeto, a memória e a história das migrações, serão também uma oportunidade de procura de novas formas de narração onde as fronteiras entre realidade e ficção se esbatem para uma representação poética de lugares e pessoas.

BELOVED ONES é uma obra multidisciplinar (em quatro capítulos) que busca investigar limites e fronteiras geográficas, humanas e existenciais. O projeto visa investigar a alteridade através de uma nova visão da própria identidade, não se limitando a ser exclusivamente uma pesquisa artística, mas um momento de reflexão pessoal e autorreflexão.

No primeiro capítulo de BELOVED ONES, exibido na Galeria HIT em Bratislava, o artista propôs uma espécie de arqueologia do impossível de seus ancestrais austro-húngaros. Nesta obra, Cèsar Meneghetti desconstruiu a realidade, criando um ‘outro’ cenário para deixar de lado os preconceitos que definem a existência dos indivíduos.

#03 BELOVED ONES #03 GAZZO VERONESE

BELOVED ONES #02 VENETO II GAZZO VERONESE

[TEXTO CURATORIAL BELOVED ONES #02] CARLO SALA

Após a presença do projeto especial I\O IO È AN ALTRO na “55. Exposição Internacional de Arte. La Biennale di Venezia”, ​​a mostra individual no MAXXI em Roma em 2015-2016 e O PERCURSO AUSENTE no MUBA (Museu de Belas Artes) em San Paolo, César Meneghetti apresenta seu projeto inédito BELOVED ONES # 02 – Veneto na CreArte Gallery em Oderzo (TV) com curadoria de Carlo Sala, dedicado à terra de onde seus ancestrais paternos partiram há cem anos para emigrar no Brasil.

O título da exposição, que pode ser traduzido como meus estimados, entes queridos ou até mesmo meus amados, é uma espécie de declaração de amor e homenagem aos ancestrais que o artista nunca conheceu, mas que de alguma forma contribuíram para sua existência e para sua peregrinação o mundo com a câmera na mão em busca de sua identidade e memória.

A exposição reunirá um conjunto de obras que inclui vídeos, fotografias, objetos e instalações que são a continuação de um projeto de pesquisa que durou cinco anos e tocou os países (Itália, Eslováquia, Áustria, Hungria) atravessados ​​pela família de Meneghetti na viagem pela Europa que os trouxe para a América do Sul; obras que tratam dos conceitos de pertencimento e pátria e ao mesmo tempo os negam em favor do de humanidade. As migrações são um fenômeno que desde os primórdios da história marca o destino do homem em busca de melhores condições de vida, razão pela qual no projeto os acontecimentos específicos da família do artista se entrelaçam e se refletem com os de outras pessoas que viveram. experiências, colocando suas vidas em jogo. A investigação do autor cria, assim, uma relação dialógica entre passado e presente, bem resumida em sua pergunta aberta: “Poderíamos falar de um banco de dados coletivo da influência histórica dos esquemas passados ​​no presente?”.

O reconhecimento do artista no Vêneto (que presta especial atenção à cidade de Quarto d’Altino, na província de Veneza, onde viveram seus antepassados) é possível graças à residência que Meneghetti construirá em maio no CreArte Gallery. Durante esse tempo, o autor brasileiro irá refazer os locais de origem de sua família, criando um projeto processual, relacional e conceitual, onde o processo de criação é a própria obra. O material adquirido durante a residência criará assim um diário imaginário, composto por imagens reais e de arquivo, fotos de família, histórias reais ou presumidas. Os temas centrais do projeto, a memória e a história das migrações, serão também uma oportunidade de procura de novas formas de narração onde as fronteiras entre realidade e ficção se esbatem para uma representação poética de lugares e pessoas.

BELOVED ONES é uma obra multidisciplinar (em quatro capítulos) que busca investigar limites e fronteiras geográficas, humanas e existenciais. O projeto visa investigar a alteridade através de uma nova visão da própria identidade, não se limitando a ser exclusivamente uma pesquisa artística, mas um momento de reflexão pessoal e autorreflexão.

No primeiro capítulo de BELOVED ONES, exibido na Galeria HIT em Bratislava, o artista propôs uma espécie de arqueologia do impossível de seus ancestrais austro-húngaros. Nesta obra, Cèsar Meneghetti desconstruiu a realidade, criando um ‘outro’ cenário para deixar de lado os preconceitos que definem a existência dos indivíduos.

#04 BELOVED ONES #04 CASALBORDINO ABRUZZO

BELOVED ONES #04 ABRUZZO 
[TEXTO BELOVED ONES #04]
 

Os processos migratórios que também compõe o substrato histórico do Brasil que acabam por gerar todo um pensamento ligado as classes médias, o discurso do homem cordial, a escravidão, a polarização, a falta de informação, mapear o pensamento do homem médio brasileiro de hoje. Como as consequências deste encontro/desencontro de civilizações, gerou a sociedade que nós vivemos hoje e como imagens contemporâneas ou imagens de arquivo, fotos de família, pode gerar audiovisuais, fotografia, performance, documentos produtos desse processo, todas essas linguagens são potentes dispositivos de sociabilidade, de encontro, de troca, de aprendizado, de reinvenção da percepção de mundo e de criação de modos de vida, onde esse passado que está construindo o presente e condicionando nosso futuro.

[EIXO 01 FOTOGRAFIA]

O trabalho consiste na montagem de um estúdio fotográfico em espaço público, em diferentes pontos a cada uma das etapas. Os habitantes são então convidados a serem retratados e filmados. O que se vê nesses retratos são fotografias simples que se ligam por semelhanças formais, como iluminação, fundo neutro, perspectiva, abordagem – e pela mesma via – fazem, no entanto, ressaltar diferenças e particularidades.

[EIXO 02 AUDIOVISUAL]

Paralelo e complementar ao processo fotográfico se teve a gravação em vídeo, descontextualizada no interior de uma exposição multimídia, a coleção de fragmentos que compõem este “não-lugar” representa conceitualmente uma dimensão paradigmática do homem e é simultaneamente uma moldura perfeita para cenografias existenciais e para a busca de personagens ideais. Histórias de mulheres e homens, pessoas comuns, contados em primeira pessoa pelos próprios protagonistas que vivem na memória em diferentes momentos da história da humanidade.
 

 

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